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Supremo Tribunal Federal autoriza depoimento de Lula em inquérito da Lava Jato


O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Teori Zavascki, autorizou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preste depoimento em um dos inquérito para a Operação Lava Jato. O pedido foi efetuado pela Polícia Federal, em setembro. Lula não é investigado no caso, mas, segundo o ministro, será ouvido como informante.
O inquérito em que o ex-presidente será ouvido apura a possível formação de uma organização criminosa na Petrobras, que teria desviado dinheiro público e realizado pagamento de propina a políticos. O pedido da PF foi encaminhado ao STF porque o inquérito envolve políticos que só podem ser investigados pelo Tribunal. No documento, o delegado afirma que o ex-presidente pode ter sido beneficiado, obtendo vantagens não só para si, como também para o Partido dos Trabalhadores (PT). 
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que comanda a investigação, concordou que Lula deve prestar depoimento, mas ressaltou que não há nada que justifique a inclusão de novos nomes no esquema. “Para que a condição jurídica das referidas pessoas seja alterada – de testemunhas para investigados – é necessário que a autoridade policial aponte, objetivamente, o fato a ensejar a mudança do status, o que será oportunamente avaliado pelo titular da ação penal", diz Janot, que é quem comanda a investigação.
Teori Zavascki aceitou prorrogar esse inquérito por mais 80 dias, como solicitado pela PF. O ministro e o procurador aceitaram, também, que sejam interrogados outros integrantes do governo Lula, como a presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra da Secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Gilberto Carvalho, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que está preso em Curitiba, e o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.