CRIME DE RACISMO: mulher é cercada por estudantes da UFBA no Canela e levada pra delegacia após chamar pessoa de “macaco”
A confusão aconteceu na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) na tarde desta terça-feira (19). Segundo testemunhas, uma mulher, que seria estudante de fonoaudiologia, teria chamado uma pessoa de “macaco” e proferido várias palavras racistas.
Tudo aconteceu no Restaurante Universitário. Uma outra aluna acabou partindo pra agressão contra a mulher que cometeu crime de racismo e, depois, os demais estudantes começaram a vaiar a mulher a gritar que ela era racista.
A polícia foi acionada e conduziu a mulher e demais testemunhas para a delegacia. O crime de racismo é um crime inafiançável e imprescritível, previsto na Lei 7.716/1989. Ele abrange atitudes, ações ou estruturas que promovam a discriminação sistemática e privilégios para um grupo em detrimento de outros.O Alô Juca entrou em contato com a UFBA, que mandou uma nota. Leia a nota na íntegra:
“A Universidade Federal da Bahia reconhece e lamenta as ocorrências da tarde de hoje, que tiveram lugar nas instalações do Ponto de Distribuição de Alimentos e no Pavilhão de Aulas (PAC) do Canela. Os administradores do PAC e o vigilante presente interferiram para conter os ânimos e tomar as providências necessárias, que incluíram o encaminhamento dos envolvidos às autoridades policiais competentes.
A UFBA é uma instituição de ensino público superior reconhecidamente inclusiva, diversa e predominantemente negra, jovem e feminina. Assim, manifestações de intolerância, racismo ou violência física agridem igualmente aos envolvidos e à instituição, ao próprio espírito da universidade, devendo os fatos ser rigorosamente apurados e, uma vez devidamente comprovados, punidos conforme as leis do país e os regulamentos da Universidade Federal da Bahia.
Quaisquer denúncias devem ser encaminhadas através dos canais institucionais, ou seja, à direção da unidade à Coordenação de Segurança ou diretamente à ouvidoria da UFBA aos quais cabe dar prosseguimento ao processo investigativo. As denúncias são apuradas e os processos transcorrem de modo a assegurar o amplo direito de defesa dos acusados, assim como preservando-se as partes envolvidas, até o final do devido processo legal.