Rádio Web Ferraz

Últimas notícias

HOMOFOBIA! Pai que matou menino de 8 anos por ser “afeminado” vai à júri popular

Alexandre Andre Moraes Soeiro, acusado de matar o próprio filho de 8 anos em fevereiro deste anos, por determinação da Justiça do Rio vai a júri popular. O Tribunal de Justiça do Rio informou que a decisão foi do juiz titular da 1ª Vara Criminal da Capital, Fábio Montenegro. Embora na época do crime o depoimento do réu e as declarações das autoridades policiais tenham justificado que o crime aconteceu porque o menino tinha um comportamento desobediente, o juiz frisou que as agressões contra o menor eram frequentes. Na recente decisão do TJ-RJ, o titular Fábio Montenegro informou que as agressões aconteciam porque o pai dizia que o filho tinha um jeito “afeminado”.
“Ocorre que o denunciado, entendendo ser o menino ‘afeminado’, porque brincava de dançar e andava por vezes ‘rebolando’, passou a espancá-lo frequentemente, com o intuito de ‘ensiná-lo a ser um homem’, sendo esta a motivação para a prática do crime”, destacou o juiz na decisão. Um dos motivos para Alexandre seguir preventivamente preso é que o menor se encontrava em estado de vulnerabilidade, além de apresentar sinais de desnutrição, segundo denúncia do Ministério Público.
Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook
“Em virtude dos reiterados espancamentos sofridos pela vítima, esta passou a se retrair diante do pavor que sentia, não reagindo aos constantes espancamentos do denunciado. Restando comprovados os fatos descritos na denúncia, assim como os indícios de autoria, impõe-se submeter o acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri, pois cabe a este Colegiado a análise das provas e a decisão quanto aos crimes dolosos contra vida”, informou o juiz.
A mãe do menino, Digna Medeiros, havia dito à polícia, em março, que Alexandre não era violento com ela. “A gente não tem esses informes. Mas com esse comportamento dele nem preciso saber desse histórico. O que ele fez foi uma brutalidade”, completou o delegado.
Sete meses antes de morrer, a vítima, Alex Medeiros de Moraes, foi morar com o pai e a madrasta na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O menino foi assassinado em fevereiro deste ano porque “se recusou a cortar o cabelo para ir ao colégio”, de acordo com declaração do acusado