Ex-ministro Márcio Thomaz Bastos morre aos 79 anos
O ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, morreu aos 79 anos na manhã desta quinta-feira (20), em São Paulo. A informação foi confirmada pela família. Segundo o boletim divulgado ontem, ele teve uma decompensação de fibrose pulmonar. Desde o mês passado, o ex-ministro apresentava tosse e um pouco de fraqueza. Na semana passada, ele fez uma viagem de trabalho aos Estados Unidos, e na volta apresentou um quadro de embolia, que chegou a afetar seu coração.
Bastos foi ministro da Justiça entre 2003 e 2007 durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele era formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) na turma de 1958 e atuou na acusação dos assassinos de Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves.
Durante o julgamento do mensalão, Bastos
defendeu ex-dirigentes do Banco Rural e entrou com reclamação contra o
então presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa,
questionando o fato de Barbosa não ter levado pedidos da defesa dos réus
para análise do plenário do STF. O advogado atuou também na defesa do
médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques
sexuais a 37 vítimas.
Em 1990, após a eleição do presidente
Fernando Collor, integrou o governo paralelo instituído pelo Partido dos
Trabalhadores como encarregado do setor de Justiça e Segurança. Em
1992, participou ao lado do jurista Evandro Lins e Silva da redação da
petição que resultou no impeachment de Collor.
É fundador do movimento Ação pela
Cidadania, juntamente com Severo Gomes, Jair Meneghelli e Dom Luciano
Mendes de Almeida. É fundador do Instituto de Defesa do Direito de
Defesa.