Rádio Web Ferraz

Últimas notícias

Acusados de ligação com o crime, policiais viram cabos eleitorais de Garotinho no Rio

Anthony Garotinho, na época em que era governador do Rio de Janeiro, apresentando o novo chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, em 24/11/2000
VELHOS CONHECIDOS – Anthony Garotinho, na época em que era governador do Rio de Janeiro, apresentando o novo chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, em 24/11/2000 (Ricardo Leoni/Agência O Globo/VEJA)
Diga-me com quem andas e te direi quem és. O provérbio clichê é valioso em uma campanha para projetar como seria o governo de um candidato em caso de vitória. Nas últimas semanas no Rio de Janeiro, tornaram-se cabos eleitorais do ex-governador Anthony Garotinho (PR) dois condenados por envolvimento com a máfia dos caça-níqueis que tiveram papel crucial nas políticas de segurança do seu governo e da mulher, Rosinha. Preso em 2008 pela Polícia Federal, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, chegou a ser condenado a 28 anos de prisão por formação de quadrilha armada, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Recentemente, ele gravou um áudio e enviou para várias pessoas no Estado conclamando “vingança” e pedindo a vitória do seu candidato no primeiro turno. O inspetor Fábio Menezes Leão, o Fabinho, condenado no mesmo processo de Lins, foi ainda mais escrachado: em uma mensagem de celular enviada para dezenas de colegas, afirmou que Garotinho terá o apoio dos “amigos das vans” e que “acabará com essa palhaçada de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora)”.