O
pedido de um juiz do Rio de Janeiro para que fosse tratado como
“senhor” e “doutor” foi negado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do
Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz Antonio Marreiros da Silva Melo
Neto, titular da 6ª Vara Cível de São Gonçalo, na região metropolitana
do Rio ingressou com uma ação judicial em setembro de 2004 para exigir
que fosse tratado de uma forma diferenciada, após ter sido chamado de
“cara” e “você” por um funcionário do prédio em que mora. O juiz teria
pedido ajuda ao funcionário para conter um vazamento em seu apartamento.
Por não ter permissão da síndica, o empregado negou o atendimento. Os
dois discutiram e o homem o chamou de “cara”, e segundo o juiz, enquanto
a síndica do prédio era tratada como “dona”. Ao pedir para ser tratado
como “senhor” ou “doutor”, o empregado rebateu com um “fala sério”.
Marreiros obteve uma liminar favorável ao seu pleito do desembargador
Gilberto Dutra Moreira, da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro (TJ-RJ).