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Nem 65%, nem 26%: 12% dos paulistanos concordam que mulher com roupa curta merece ser atacada

Datafolha: 12% dos paulistanos concordam que mulher com roupa justa ‘merece’ ser atacada
Datafolha: 12% dos paulistanos concordam que mulher com roupa justa ‘merece’ ser atacada (Thinkstock)
Nem 65%, nem 26%: 12% dos paulistanos concordam total ou parcialmente que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas", segundo o Datafolha, que refez em São Paulo a desastrada enquete formulada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Órgão do governo federal, o Ipea divulgou no final de março que a maioria dos brasileiros concordava com essa frase, o que motivou protestos, mobilizou artistas e autoridades, entre elas a presidente Dilma Rousseff, e teve ampla repercussão nas redes sociais e na imprensa internacional. Nove dias depois, o instituto admitiu ter errado a tabulação: 26%, e não 65%, concordavam com a frase.
O Datafolha também procurou contornar a imprecisão da pergunta original do Ipea. Além de "atacadas", a nova pesquisa quis saber se os entrevistados concordavam que mulheres em roupas provocantes merecem ser "estupradas". Resultado: uma fatia menor, 9%, concordou total ou parcialmente com a frase. Os números da pesquisa do Datafolha não desautorizam necessariamente a enquete do Ipea. Uma foi feita em São Paulo - a do Datafolha -, e a outra tem caráter nacional, entre outras diferenças metodológicas. A pesquisa do Datafolha foi feita no dia 7 de abril com 798 moradores maiores de 16 anos, e a margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.